Sociedade da Informação – um novo desafio para o concelho de Ponte de Lima
Porque não começar a reflectir em algumas das seguintes premissas:
- Proceder-se ao estudo exaustivo sobre o impacto actual das TIC sobre a população do concelho;
- Proceder-se ao levantamento de requisitos para a criação de um “Portal do Concelho de Ponte de Lima”. Este deve contemplar uma maior interactividade entre a população e a autarquia, pois, o actual site da Câmara, não corresponde minimamente às actuais exigências que lhe devem de ser exigidas;
- A autarquia deve criar um repositório digital para preservar e permitir o acesso à informação digital produzida no concelho. (Sobre os requisitos do mesmo, em breve apresentarei algumas perspectivas quanto à sua especificação e áreas de actuação) Uma grande parte da produção intelectual, científica e cultural já só se encontra em suporte digital, como tal, deve existir uma estratégia global para o concelho no sentido de perdurar a sua memória digital a longo prazo. Este repositório deverá ficar associado ao Portal referido anteriormente.
- A Câmara Municipal deve criar uma verdadeira rede de sistemas de informação, permitindo através do mesmo portal, o acesso aos catálogos da biblioteca, do arquivo, dos museus e de outras fontes de informação que sejam uma mais valia para a comunidade do concelho. Tanto a biblioteca como o arquivo não podem viver na sombra da preservação dos documentos em suporte papel, é necessário dotar as infra-estruturas com novas tecnologias, novos serviços de referência on-line. É necessário fazer ao marketing mais arrojado, baseado em CRM, de modo a ir ao encontro das necessidades da sua comunidade.
- As empresas, associações, entidades sem fins lucrativos, etc. devem ter acesso ao mesmo portal, possuindo aí, contas personalizadas em função da sua actividade orgânica, com o objectivo de se promover uma maior difusão selectiva da informação, e um apoio mais personalizado no tratamento da informação.
- A formação em novas tecnologias também deve de ser uma das principais apostas no concelho, não entrando em utopias, atrevo-me a dizer que o ideal é proporcionar programas de formação constante em TIC’s, em todas as freguesias, com a colaboração das Juntas de Freguesia, escolas e associações. O foco deverá centrar-se na população info-excluída e iletrada, pois a chave é a info-literacia. Cativando e motivando os mesmos dentro dum enquadramento pedagógico e cooperativo dos intervenientes.
- Permitir o acesso em banda larga às escolas não chega, é necessário que haja um plano de formação a ser realizado juntos dos pais e dos professores. O acesso a conteúdos indevidos pelas crianças pode ser um contra-senso quanto à mais valia da Internet. É necessário instalar software com portais de conteúdos controlados, é imprescindível auto-regular de uma forma construtiva o tempo de acesso à mesma, pois não deve haver um incitamento à alienação da realidade. (Nos EUA já foram apresentados alguns estudos sobre a dependência do acesso à Internet, esta pode estar na origem diversos distúrbios psicossomáticos, como a depressão, negação da necessidade de acesso à rede, etc.).
Estas são algumas (há muitas mais) das premissas que convém reflectir, analisar e, quiçá, implementar num futuro muito breve. O momento de decisão é agora! A denominada auto-estrada da administração pública ainda não está bem engrenada e, enquanto isso, o concelho de Ponte de Lima tem de se preparar para circular com segurança e com a maior quantidade de passageiros, rumo ao limbo da Sociedade da Informação.
Paulo Sousa
- Proceder-se ao estudo exaustivo sobre o impacto actual das TIC sobre a população do concelho;
- Proceder-se ao levantamento de requisitos para a criação de um “Portal do Concelho de Ponte de Lima”. Este deve contemplar uma maior interactividade entre a população e a autarquia, pois, o actual site da Câmara, não corresponde minimamente às actuais exigências que lhe devem de ser exigidas;
- A autarquia deve criar um repositório digital para preservar e permitir o acesso à informação digital produzida no concelho. (Sobre os requisitos do mesmo, em breve apresentarei algumas perspectivas quanto à sua especificação e áreas de actuação) Uma grande parte da produção intelectual, científica e cultural já só se encontra em suporte digital, como tal, deve existir uma estratégia global para o concelho no sentido de perdurar a sua memória digital a longo prazo. Este repositório deverá ficar associado ao Portal referido anteriormente.
- A Câmara Municipal deve criar uma verdadeira rede de sistemas de informação, permitindo através do mesmo portal, o acesso aos catálogos da biblioteca, do arquivo, dos museus e de outras fontes de informação que sejam uma mais valia para a comunidade do concelho. Tanto a biblioteca como o arquivo não podem viver na sombra da preservação dos documentos em suporte papel, é necessário dotar as infra-estruturas com novas tecnologias, novos serviços de referência on-line. É necessário fazer ao marketing mais arrojado, baseado em CRM, de modo a ir ao encontro das necessidades da sua comunidade.
- As empresas, associações, entidades sem fins lucrativos, etc. devem ter acesso ao mesmo portal, possuindo aí, contas personalizadas em função da sua actividade orgânica, com o objectivo de se promover uma maior difusão selectiva da informação, e um apoio mais personalizado no tratamento da informação.
- A formação em novas tecnologias também deve de ser uma das principais apostas no concelho, não entrando em utopias, atrevo-me a dizer que o ideal é proporcionar programas de formação constante em TIC’s, em todas as freguesias, com a colaboração das Juntas de Freguesia, escolas e associações. O foco deverá centrar-se na população info-excluída e iletrada, pois a chave é a info-literacia. Cativando e motivando os mesmos dentro dum enquadramento pedagógico e cooperativo dos intervenientes.
- Permitir o acesso em banda larga às escolas não chega, é necessário que haja um plano de formação a ser realizado juntos dos pais e dos professores. O acesso a conteúdos indevidos pelas crianças pode ser um contra-senso quanto à mais valia da Internet. É necessário instalar software com portais de conteúdos controlados, é imprescindível auto-regular de uma forma construtiva o tempo de acesso à mesma, pois não deve haver um incitamento à alienação da realidade. (Nos EUA já foram apresentados alguns estudos sobre a dependência do acesso à Internet, esta pode estar na origem diversos distúrbios psicossomáticos, como a depressão, negação da necessidade de acesso à rede, etc.).
Estas são algumas (há muitas mais) das premissas que convém reflectir, analisar e, quiçá, implementar num futuro muito breve. O momento de decisão é agora! A denominada auto-estrada da administração pública ainda não está bem engrenada e, enquanto isso, o concelho de Ponte de Lima tem de se preparar para circular com segurança e com a maior quantidade de passageiros, rumo ao limbo da Sociedade da Informação.
Paulo Sousa
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