quarta-feira

Feiras Novas 2007

Dia 12: Abertura da iluminação e Encontro Concelhio de Concertinas.

Dia 13: Música Tradicional Portuguesa.

Dia 14: Animação de Rua, actuação de Tunas Académicas, Fado de Coimbra e fogo de artifício.

Dia 15: Concurso Pecuário, na Expolima, Zés Pereiras e Gaiteiros, Bandas de Música, Corrida de Garranos, na Expolima, Desfile de Fanfarras, Cortejo Etnográfico, Concertinas, Folclore e fogo de artifício.

Dia 16: Zés Pereiras e Gaiteiros, Banda de Gaitas de Frouma, Concentração de Zés Pereiras, Cortejo Taurófilo, Tourada, na Expolima, Festival Folclore e fogo de artificio.

Dia 17: Banda de Música de S. Martinho da Gandra e Banda da Casa do Povo de Moreira do Lima, procissão em Honra de Nª Sr.ª das Dores, actuação dos grupos musicais, «Santa Cruz» e «Roconorte».

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sexta-feira

Será este o nosso Modelo?



Não se pode menosprezar a importância para o meio de uma nova grande superfície que hoje abre em Ponte de Lima: mais variedade, mais uma opção para os consumidores, aumento da concorrência, mais de 120 postos de trabalho, sete milhões de euros de investimento, uma filosofia de cooperação com a comunidade (ver aqui), uma forte campanha publicitária (ver spot aqui), sobretudo na televisão mas também na rádio, imprensa e exterior num investimento de um milhão de euros, que ajuda a promover a vila e o concelho, são argumentos importantes para colocar no prato da balança, na hora de avaliar benefícios e prejuízos.
No entanto, gostaríamos de lembrar que esta é a quarta superfície comercial instalada em Ponte de Lima nos últimos anos, que se situa em plena zona urbana, perto de grandes espaços habitacionais, que não deve ser a última, a julgar pelas notícias que têm vindo a público ultimamente, além do hipermercado possui também uma loja de pronto-a-vestir e uma de electrodomésticos com 500 metros quadrados cada, abre num momento de crise para o comércio tradicional, questão fortemente debatida no meio local.
O comércio tradicional é ainda uma das traves mestas da economia limiana. Definha e não parece haver nem um gesto do poder local relativamente a esta situação. Fingiu que o problema não existia na última Assembleia Municipal, deu um não rotundo a uma proposta do Vereador do Partido Socialista, relativamente à possibilidade da loja do cidadão a instalar em Ponte de Lima, viesse a ficar instalada no centro histórico (zona deprimida, deserta e sem dinâmica alguma nestes momentos). Por outro lado, hoje em dia apoia incondicionalmente a instalação de médias e grandes superfícies no concelho, assina protocolos com as mesmas, empresta a sua imagem para as suas campanhas a troco de alguns centavos. É uma atitude inconcebível para quem tem de defender, em primeiro lugar, os interesses do concelho.
Por isso nos parece que este não é o modelo de desenvolvimento que servirá Ponte de Lima. Com esta estratégia continuaremos a ter salários baixos, desemprego, falta de oportunidades para os jovens, comerciantes que serão obrigados a fechar as suas portas e um dos pilares da economia do concelho a desaparecer. Este é mais um triste dia para Ponte de Lima.
Ficou provado que os grandes empresários vêm mas, mais tarde ou mais cedo, também saem. Os únicos que se mantiveram sempre na sua terra e que a ajudaram a progredir foram os empresários locais, aqueles a quem agora é negado apoio e atenção.

PS. Apesar da festa que atravessa o spot publicitário do Modelo de Ponte de Lima, foi com tristeza que vimos um comerciante local como seu personagem principal.


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Tradição no Corpo de Deus

Tapetes floridos

No jornal Alto Minho a Junta de Freguesia de Ponte de Lima chama atenção para uma tradição que parece em vias de extinção, os tapetes floridos no Corpo de Deus. A Câmara Municipal em colaboração com a Junta de Freguesia estão a tomar medidas para que a tradição não morra. Seria bom que as gentes da vila a não deixassem desaparecer.

Mas este é apenas um sintoma da cada vez menor população que reside no centro histórico. Se se persistir em não encarar este problema com a seriedade que merece os tapetes serão apenas um dos problemas com que nos confrontaremos.




Uma tradição que se volta a repetir no presente ano: as ruas de Ponte de Lima vão acordar engalanadas na quinta-feira, dia 7 de Junho, feriado do Corpo de Deus, fruto do trabalho dos seus moradores.
Tal como ocorreu no ano anterior, a dinamização está a cargo de Junta de Freguesia de Ponte de Lima, com o apoio do Município.

quarta-feira

Cartaz da discórdia


Perante um cartaz destes, alguém se sentirá bem aqui?

Se eu fosse a algum lugar onde encontrasse um cartaz destes, interrogar-me-ia se estava lá bem, pois ficaria quase com a certeza de que as pessoas que lá vão, na sua maioria, são “sacrop”, ambientalmente incultas, indesejáveis.Além disso, as pessoas, mesmo sentindo-se culpadas, não gostam de mensagens tão agressivas. È necessário educar e para tal o uso de termos como limpo e lixo não é muito eficaz. Uma linguagem mais “soft” seria mais adequada e até podia ser mais abrangente.Limpas, presume-se que as pessoas venham para cá. Lixo é aquilo que as pessoas entendem que se destina a ser apanhado por alguém. Seria conveniente referir um valor que diga alguma coisa aos visitantes e fazer referência também à natureza e aos locais apropriados, porque Ponte de Lima pode dizer alguma coisa só a nós. Os outros estão de passagem.O que está em causa aqui em Ponte de Lima é a defesa do ambiente e, se nós sabemos que muitos dos nossos visitantes vêem nas margens pouco cuidadas do nosso rio o local ideal para arremessar detritos e fazer as mais elementares necessidades, a mensagem podia ser:Sejam ambientalmente cultos!
A urbanidade fica bem em qualquer lado!Não abandonem o vosso lixo fora dos locais a ele destinados!Não conspurquem a natureza!
O ruído também polui!
Ponte de Lima – Cartaz de sensibilização?
Cartaz sem indicação do promotor, Câmara Municipal, colocado nos acessos e no centro de Ponte de Lima
Se é certo que o problema que o cartaz refere é grave não o é menos que se possa ir do largo Alexandre Herculano, na Além da Ponte, até praticamente ao Mercado Municipal e poder contar por uma mão os locais para colocar o lixo.
Seria melhor gastar o dinheiro que se gastou nestes cartazes, de gosto duvidoso, para colocar outros indicando as zonas de merendas bem como colocar nestas as infra-estruturas necessárias. Quem não cumprisse com as regras era autuado sem complacências.
Já agora seria bom que os responsáveis pelos cartazes assumissem com o seu logótipo (Ponte de Lima Terra rica da Humanidade...?) a sua autoria. Ou será que a escolha da cor associada à falta de assinatura é propositada?
Mensagem escabrosa e xenófoba!
Os meus caros colegas "bolggers" Trigalfa e Ponte de Lima já fizeram eco da colocação, nas entradas de Ponte de Lima, de uns painéis com a inscrição "Em Ponte de Lima seja limpo ou vá-se embora - Diga não ao lixo". Concordo no substancial com as suas observações. Os painéis também nos suscitam os seguintes comentários:1. A inexistência de um responsável pela mensagem, coloca-a no campo da clandestinidade, aguardando-se apenas que seja retirada (se não estiver licenciada) ou que seja dado a conhecer o seu autor, que deverá ter obtido as respectiva licença junto da autarquia;2. Pelo mau gosto da mensagem, julgamos mesmo que deveria ser retirada, pelo cariz marcadamente xenófobo e intolerante que deixa transparecer. O seu autor revela uma profunda falta de sensibilidade e bom senso ao colocá-la na rua, deixando transparecer que Ponte de Lima é uma terra intolerante;3. Não é um bom "cartaz de visita", um chamariz para quem pretende entrar na sede do concelho "Terra Rica da Humanidade". Antes pelo contrário, pode ser um extraordinário repelente, não apenas daqueles que, mercê de deficiente formação em cidadania, continuam a sujar e a poluir, mas de outros que, temendo um pequeno erro, não arrisquem a ser apontados publicamente e expulsos da que pretende transformar-se em "Terra mais limpa da Humanidade";4. A cidadania aprende-se e ensina-se. Em primeiro lugar aos nativos, para que possam ser um bom exemplo para quem nos visita. E é aqui que deve ser colocado o acento da política municipal: aprender a respeitar os outros, respeitando o local onde todos vivemos, o espaço público, não poluindo e não sujando.5. Por favor, quem os colocou, que tenha a sensibilidade e o bom-senso de retirar aqueles cartazes que envergonham todos os limianos, tanto os que sujam como os que não sujam o espaço público!

sexta-feira

Daniel Campelo constituído arguido (2)

O nosso anterior post, com o mesmo título do presente, parece ter levantado alguns equívocos. Sem alterar uma única linha do que aqui ficou já registado, vamos procurar clarificá-lo:

1. Daniel Campelo foi constituído arguido num processo em que é acusado de abuso de poder. Imediatamente convocou uma reunião de emergência do executivo camarário, para colocar nas mãos dos restantes vereadores a sua continuidade à frente dos destinos do município, que lhe manifestaram total confiança. Estes são os factos.

2. Já aqui referimos que discordamos em absoluto da atitude de Daniel Campelo. A decisão de se manter, ou não, à frente do município deve ser sua ou, no limite, do partido que o suporta ou dos vereadores que o apoiam no executivo. Nunca o ónus deveria ser colocado sobre os Vereadores da oposição, que foram apanhados de surpresa e, como já o referimos, "colocados entre a espada e a parede".

3. A partir de agora, a decisão da continuidade de Daniel Campelo, que nunca contestamos nem sobre a qual emitimos qualquer opinião, será sempre associada ao apoio que lhe foi dado pela oposição e não pelo apoio do seu partido e seus vereadores ou pela sua própria omissão neste processo - empurrou a decisão para as mãos de terceiros. A oposição nunca se deveria ter pronunciado sobre esta questão!

4. Também comentamos a paradoxal posição do PSD, apoiando um autarca de outro partido quando, em situações análogas com autarcas do próprio partido, foi retirada a confiança política ou solicitado que suspendessem o mandato (Valentim Loureiro, Isaltino Morais, Fontão de Carvalho...).

5. Também não entendemos e causou-nos alguma perplexidade, a onda de desconfiança lançada sobre o Ministério Público, por ter deduzido a acusação a Daniel Campelo, como se, de repente, começasse a ser perseguido por aquele órgão da justiça.

6. Sobre esta questão, o que nos resta é esperar. A investigação do Ministério Público terminou e acabou em acusação, seguem-se os restantes trâmites legais e, provavelmente, o julgamento. Para já não há condenados, embora pareça que a oposição entrou já a perder...

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quinta-feira

A denegação de justiça em conflito de vizinhos

Ao contrário de alguns comentadores/políticos apressados não sou eu que vou denegar a justiça a Daniel Campelo e até louvo a atitude dos vereadores da oposição da Câmara de Ponte de Lima pela atitude que tomarem em permitir que a justiça funcione normalmente.

Para já porque a justiça relativa ao processo cível que está na origem desta acusação da prática de dois crimes (denegação de justiça e prevaricação) que consta deste processo penal instaurado pelo Ministério Público, já está realizada.

Depois porque se a Justiça entendeu ser este um caso isolado não enquadrável em qualquer norma que imponha a suspensão do mandato, não devem ser os Vereadores a promover qualquer aproveitamento que leve a uma atitude com um resultado análogo.

Sem qualquer sentido crítico, que nesta fase não parece aconselhável até porque faltam conhecimentos técnicos e jurídicos para ter uma opinião totalmente formada sobre o assunto, diga-se desde já que todo o processo tem origem num desentendimento entre vizinhos:
Um vizinho usava uma fossa, o outro construiu uma piscina em terrenos contíguos. Os líquidos da fossa invadiriam os terrenos em que estava a piscina. Este vizinho entendendo não ter que aguentar com essa invasão recorreu a quem pudesse intermediar o conflito: a Câmara, em detrimento do Tribunal. A Câmara aceitou a incumbência.

Falhados os meios mais pacíficos, a Câmara entendeu usar um meio coercivo, que pessoalmente entendo desproporcionado, mas que Daniel Campelo diz lhe ter sido proposto por um parecer técnico: o corte do abastecimento de água.

O processo inicial está concluído e presumo a justiça já está feita em todos os seus aspectos de normalização das relações de vizinhança. O que está agora em causa é na opinião de Daniel Campelo “se vingar a acusação vai-se instalar o caos no concelho” e “ninguém sério e inteligente vai querer ser presidente da câmara”. Para mim acho que não faltará quem queira.
Para mim só está em causa saber onde começam e acabam os poderes da Câmara neste domínio das relações interpessoais e se podem ir ao ponto de pôr em causa o fornecimento de um bem de primeiríssima necessidade.
Este caso poderá vir a ter uma conclusão de que me perdoarão a perfídia: as culpas sobram sempre para os de baixo, aqui para já estão mais imputadas ao de cima. Mas não tiremos conclusões apressadas.

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quarta-feira

Campelo constituído arguido em processo de abuso de poder (adenda)

Aparentemente os vereadores não manifestaram solidariedade com a opção de Daniel Campelo de continuar a exercer o mandato para que foi eleito. Ao que parece, o que Daniel Campelo quis foi pôr o ónus da decisão, de continuar ou não, nas mãos dos vereadores. Se assim foi é inadmissível pois tem, claramente, objectivos políticos.

A decisão de continuar a exercer o mandato ou não deverá ser única e exclusivamente da responsabilidade de Daniel Campelo cabendo aos vereadores respeitarem essa decisão de forma solidária ou não.

A responsabilidade política futura desta decisão, quer ele queira ou não, é unicamente de Daniel Campelo, com ou sem a solidariedade da vereação.

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Daniel Campelo constituído arguido

Daniel Campelo, presidente do Município de Ponte de Lima, foi constituído arguído, sendo acusado de abuso de poder num processo em que ordenou o corte do abastecimento de água a um munícipe.Aparentemente, trata-se de um processo de pequena dimensão. Campelo não foi acusado e, até ao trânsito em julgado da sentença, tem direito à presunção de inocência. Mas o que está em causa, não é a dimensão do processo, mas sim o princípio. Se Daniel Campelo está absolutamente tranquilo relativamente à acusação, porque é que transferiu para o executivo camarário, em reunião de emergência especificamente convocada para o efeito, o ónus da decisão da sua continuidade à frente do município?

A decisão só pode caber ao próprio e não aos Vereadores que, no caso concreto, foram colocados "entre a espada e a parede". Mas a posição mais surpreendente veio do Vereador do PSD. O líder nacional deste partido sempre defendeu que, em casos análogos, autarcas do PSD devem suspender o seu mandato. Ora o referido Vereador apoiou sem reservas a continuidade em funções de Daniel Campelo. É caso para dizer "não olhes para o que eu faço, mas sim para o que eu digo", bem ao jeito do Bloco de Esquerda que defende a demissão dos autarcas de outros partidos, mas não aplica a mesma bitola com os seus, embora neste caso com as posições claramente invertidas. Estamos numa terra de brandos costumes. Ponto final!

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