sexta-feira

Mais centros educativos...

O Município de Ponte de Lima aprovou a aquisição de um terreno para o Centro Escolar de Fornelos e aprovou o projecto e abriu concurso do Centro Escolar/EBI da Correlhã. A pouco e pouco, já vamos conhecendo a rede que constará da carta educativa. A discussão estará seriamente comprometida, por estar grande parte da rede de centros escolares construídos ou em construção.Adiante...O Centro Escolar de Fornelos surpreende-nos. Em primeiro lugar porque sempre pensamos que a área pedagógica do Centro da Feitosa abrangeria também esta freguesia e algumas das que irão enviar alunos para este centro (talvez Rebordões Souto e Santa Maria), criando uma situação de duplicação de oferta que não nos parece clara; Em segundo lugar porque pode comprometer a construção de um Centro em Anais, freguesia que pela sua localização poderia ter uma estrutura para as freguesia de Queijada e Calvelo, além de Anais; Em terceiro lugar porque pode indiciar uma estratégia de esvaziamento completo e posterior encerramento da escola da sede - P. Lima.Aguardamos...

sábado

Como vai ser?

Enquanto em Valença o tema de discussão é a elevação da vila a cidade e transformar o concelho valenciano no segundo maior pólo de atracão industrial, económico e social do distrito, em Ponte de Lima discute-se o encerramento de serviços essenciais, serviços que desempenham um bom e fundamental papel para a população não só limiana mas também dos concelhos vizinhos.

A posição firme da Assembleia de Freguesia de Ponte de Lima contra os encerramentos, da PSP e da urgência do hospital conde de Bertiandos, deveria ser exemplo para as outras assembleias de freguesia e mais importante para a Assembleia Municipal.

Talvez fosse tempo de pensar qual o papel que Ponte de Lima deve ter no distrito, se o da vanguarda ou o da calda do pelotão. O primeiro passo para colocar Ponte de Lima no pelotão da frente é lutar com todos os meios e sem cores partidárias contra a política de encerramento do governo ...

sexta-feira

O novo "Centro Histórico" de Ponte de Lima

"Ponte de Lima Terra Rica da Humanidade" é um label mas também um projecto que, no limite, sustentará a eventual candidatura a Património da Humanidade, do centro histórico de Ponte de Lima. Este processo, estou seguro, permitirá também a recuperação e manutenção dos locais históricos da nossa vila. No entanto, alguma reflexão deverá ser produzida neste âmbito. Já nos pronunciamos sobre a importância da acessibilidade e do estacionamento como factores determinantes para o comércio daquela zona e para a própria viabilidade económica do centro histórico; sobre a necessidade de recuperar o parque habitacional, bastante degradado, como elemento estruturante para o repovoamento do centro histórico, sobretudo pelos jovens.

Vamo-nos ocupar agora da definição de linhas estratégicas para o comércio e ramos comerciais a privilegiar. É nossa convicção que o centro histórico de Ponte de Lima beneficiará com o crescimento e alargamento das áreas de hotelaria e restauração, potenciando a gastronomia regional através de espaços de qualidade e prestígio. Em determinadas zonas, sobretudo aquelas com mais interesse para serem visitadas durante o dia, potenciar o aparecimento de cafés, salões de chã (...) com belas e bem enquadradas esplanadas - os "cafés de dia". Noutras zonas, bem específicas e delimitadas, fomentar o aparecimento de bares e pubs com um cariz mais adequado ao lazer nocturno, fomentando desta forma a animação durante a noite e tornando Ponte de Lima num ponto de referência neste campo. Fomentar ainda o aparecimento, no centro histórico, de pequenos hóteis e residenciais, capazes de dar resposta à demanda dos fins de semana e dias festivos.

O comércio de artesanato local, bebidas regionais e doçaria ragional, livrarias com forte componente alfarrabista, quiosques e tabacarias, antiquários, galerias de arte, artigos cerâmicos regionais, ourivesaria regional, trajes, produtos alimentares da horta local podem também encontrar no centro histórico um bom espaço de negócio.

A política de animação local também deveria merecer atenção, através de uma planificação cuidada. Seria desejável a promoção de um evento de dimensão média/grande por mês, criando criando e fomentando o hábito de demanda de Ponte de Lima, e fomentando a animação durante todo o ano. Um pequeno exemplo: Setembro - Feiras Novas; Outubro-Festa das Vindimas; Novembro - Festa da Castanha/Festiva ou Encontro de Teatro; Dezembro - Animação de Natal, actividades de Rua; Janeiro - Encontro dos Reis (música tradicional e coral); Fevereiro - Mês dos Namorados/ ou Carnaval; Março - Dia de Ponte de Lima; Abril - 25 de Abril em Ponte de Lima / ou Páscoa e tradições; Maio - Feiras Novinhas / ou domingos gastronómicos; Junho - Vaca das Cordas e Corpo de Deus / Feira do Livro; Julho - Feira do Cavalo /Feira de Gado / Opera Faber/ Feira dos Vinhos Verdes; Agosto - Animação de Verão / Folclore.

Ponte de Lima, e o seu centro histórico, são ponto obrigatório de passagem do Caminho português para Santiago de Compostela. Cada ano que passa, são mais aqueles que percorrem aquele espaço mítico e religioso, parando amíude por estas paragens. É uma mais valia, que poderá ter um valor acrescentado com o fomento do turismo religioso (o museu de arte sacra dos Terceiros está praticamente concluído) e patrimonial. É necessário, como de pão para a boca, um albergue de peregrinos no centro histórico. Não será difícil encontrar um local apropriado.

Todas estas linhas deverão ser acompanhadas pela integração do centro histórico de Ponte de Lima nos projectos educativos dos agrupamentos de escolas locais, e nas linhas de trabalho e investigação das escolas do ensino superior, promovendo a exploração pedagógica e investigação sobre a temática e o prazer e orgulho de ser limiano.

Por Limiano In Parar para Pensar

sábado

La Lys

A Câmara Municipal de Ponte de Lima tem vindo a reeditar ou a apoiar a edição de livros que evocam a vida de vultos da cultura limiana do século XIX e XX. É uma boa iniciativa que peca apenas por não parecer ter a repercussão devida na população jovem.

Esta semana, dia 9, faz 88 anos que se deu a batalha, na primeira guerra mundial, de La Lys. Nela participaram muitos limianos anónimos, muitos pereceram, outros foram feitos prisioneiros pelos então chamados "hunos". Talvez o esquecimento seja uma das vertentes inerentes ao pó dos tempos, mas também é verdade que este só acontece quando não existe memória. Numa época em que assistimos ao deflagrar da violência terrorista, das bombas, talvez demasiado semelhante à época que antecedeu a I Grande Guerra, seria bom mostrar às jovens gerações de limianos o que os seus bisavós e avós passaram num conflito mundial. Não podemos esquecer que foi Norton de Matos, um dos tais ilustres vultos limianos, que formou o Corpo Expedicionário Português, onde tantos limianos foram incorporados.

A democracia também é recordar às sucessivas gerações o que os seus antepassados lutaram para que esta fosse uma realidade. Recordar que esta não aparece do nada, que como em tudo o preço poderá ser o supremo.

Talvez seja tempo de recordar que os nossos antepassados não deixaram apenas o legado do vira e do sarrabulho.

sexta-feira

TEMA TABU

O areal fronteiro à marginal é um tema tabu em Ponte de Lima. Raramente se discute, não se vislumbram soluções para uma das zonas mais degradadas e descuidadas do centro histórico. É complicado e polémico, por isso não se discute. Vão-se fazendo pequenas intervenções, sem projecto nem discussão, apostando-se nos apetecíveis "factos consumados" tão do agrado do município. O areal (que já não o é) mudou muito nos últimos anos. E se mudou, foi fruto de alguma ideia ou estratégia que ninguém conhece e que ninguém até agora discutiu. É pena, porque é pacífico que tal como está não serve, que alguma solução tem que ser dada ao estacionamento, porque não é concebível que continue a circulação junto da ponte românica, porque não é correcto continuar a autorizar o estacionamento nas suas imediações. Aquele monumento já deveria ter um perímetro de segurança. Mas o que se faz é precisamente o contrário. É criar condições para a circulação e o estacionamento debaixo, ao lado e nas proximidadesw da ponte, sem nenhuma preocupação estética e de preservação de um dos grandes "ex-libris" de Ponte de Lima.

Outra das grandes questões tabu, relacionadas com o mesmo espaço é a feira. Já aqui abordada, foi agora trazida para a "frente" pública de discussão por Manuel Pires Trigo. E muito bem. A feira já não é o que era, está descaracterizada, o seu peso na economia local é praticamente nulo, o comércio local não tira dela grandes benefícios, os produtos e produtores locais são cada vez menos, está muito dispersa por zonas diversas da vila, algumas deles gritantemente desadequadas como a Avenida dos Plátanos e o Passeio 25 de Abril, condiciona muito e sem necessidade o acesso, circulação e estacionamento na vila, em suma, não serve Ponte de Lima da forma como devia servir.

Então, o que está em causa?

Em causa está, em primeiro lugar, a localização da feira. As fotos da feira no actual local são vistosas mas não correspondem aos nossos tempos. O local não tem condições. A feira do gado seria extinta se não fossem criadas condições de higiene para a sua concretização. A feira também não tem essas condições, como condições não tem para a circulação das pessoas e correcta organização da exposição. Não vejo, no futuro, a feira naquele local, espero é que não seja condicionada definitivamente a sua saída pelas obras que se vão realizando em S. João, local ideal para a albergar. Já agora, e enquanto o assunto não merece prioridade, porque não mudar o espaço da feira que nestes momentos ocupa a Avenida dos Plátanos (que mal lá fica e que prejuízos pode significar para aquele espaço), e se instala na Alameda de S. João, ligando e articulando a feira do "areal" e do Passeio 25 de Abril à feira do gado?

Por Limiano In Parar para Pensar

terça-feira

Fim-de-semana do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima - FEIRAS NOVAS 180 ANOS - 5, 6 e 7 de Maio

Bem sei que falta um mês mas como já saiu o anunciador deixo o programa do Domingo gastronómico limiano.


5 de Maio


18:00 h -Na Torre da Cadeia, apresentação do Cartaz das Feiras Novas 2006, do livro "Feiras Novas - 1826-2006" e abertura da exposição sobre a história das festas.

6 de Maio

15:30 h - Banda de S.Martinho da Gandra e Banda Cabeceirense, na Praça de Camões;
16:00 h - Desfile da Tradição - o Folclore do Concelho;
22:00 h - "Cantigas da Rua" na Praça de Camões;
23,00 h - Actuação das Bandas de Moreira do Lima e de Lanhelas, na Praça de Camões;
24,00 h - Sessão de fogo de artifício.

7 de Maio

Dia do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, integrado nos Domingos Gastronómicos da Região de Turismo do Alto Minho.

10:00 h - III Encontro de Bombos do Concelho (Cepões, Bárrio, Refóios, Vitorino de Piães, Fornelos, Navió);
10:00 h - Feirão do Folclore - Grupo Etno-Folclórico de Refóios;
10:30 h - Exibição de Gigantones e Cabeçudos, do grupo "Ida e Volta", na Praça de Camões;
12:00 h - Concentração de bombos na Praça de Camões;
15:00 h - Actuação do Grupo de Cultura Musica de Ponte de Lima e Banda Musical de Monção;
15:00 h - Festival Folclórico, no Campo do Arnado, Além da Ponte.