sexta-feira

Obviamente...

As forças de segurança retiram-se, as urgências passam a “serviços básicos”, as escolas fecham, as direcções dos serviços da administração central deslocam-se para o distrito vizinho, etc, etc. Algo não bate bem. Ou o governo vendeu o distrito de Viana do Castelo ou então quê-lo transformar em “terra de ninguém”, talvez entre o “inimigo” galego e Portugal.

As últimas notícias sobre encerramentos recaem nas escolas EB23, aquelas que foram construídas nas últimas duas décadas. Não se percebe como se aceitam as cartas educativas aprovadas nos dois vales do Alto Minho e depois, isto… Ao que parece, segundo o deputado e presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, Abel Baptista, tudo não passa de um capricho de um qualquer funcionário do Ministério da Educação.

Tudo fecha, tudo se desloca, e os nossos responsáveis? Infelizmente a desunião do distrito dá nestas coisas.

Como não há eleição para Governador Civil, não há prestação de contas ao eleitorado mas sim a quem o nomeou. Assim sendo, quando vê o seu distrito esventrado por uma política cega e se sabe os seus nefastos resultados, só restam duas alternativas, ou se demite de fazer algo, ficando para a história como ajudante de cangalheiro, ou faz frente, não tendo receio de demonstrar o erro do governo nem de, se necessário, apresentar a demissão do cargo não sendo, assim, conivente com a delapidação do seu distrito.

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domingo

Simplex: Simplificação administrativa «veio para ficar»

«O Simplex foi um êxito porque contou com a adesão dos cidadãos e porque tínhamos uma Administração Pública preparada para tal, o que faltava era apenas vontade política e assumir no discurso político que esta era uma linha prioritária», disse o Primeiro-Ministro na apresentação do Balanço de 2006 e do programa para 2007. O programa de simplificação administrativa «afirmou uma linha política que veio para ficar», acrescentou.

Fonte: Portal do Governo

Será que a população das nossas freguesias já foi beneficiada pela realidade prática do "Simplex"? Existe algum plano que incida no aumento da infoliteracia das populações rurais, de modo a saberem interagir conscientemente com os serviços electrónicos do estado e da administração local?

Falar é fácil, mas a realidade tarda em chegar a estas terras....

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sexta-feira

On-line

O vereador do PS, Jorge Silva, questionou o executivo sobre a aplicação de acesso wireless à Internet no centro histórico; o vereador do PSD, Manuel Trigueiro, pediu que as actas das reuniões do executivo estejam disponibilizadas on-line.

Esperemos que o executivo esteja receptivo a estas propostas, a primeira das quais já começa a ser uma realidade em várias localidades e é uma forma de chamar gente ao centro histórico e aos jardins, porque não. A segunda proposta é básica numa democracia participativa e numa altura em que as possibilidades tecnológicas o permitem.

Infelizmente, a Câmara limiana parece arredada do pelotão das que já abraçaram as potencialidades das novas tecnologias, pondo-as ao serviço do cidadão. Mas esse é só o início do problema, os nossos representantes não parecem querer reagir. O executivo municipal parece cansado, funciona de forma lenta, não reage, perdeu o folgo de outros tempos.

Já agora, seria bom que a juntar às actas das reuniões do Executivo Municipal se actualizassem as que se encontram no espaço da Assembleia Municipal, é que as que estão lá, apenas duas, são de 2002... Cinco anos depois lá continuam como marco daquilo que poderia ter sido mas não foi. Que dizer?

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quinta-feira

OS ÚLTIMOS DOMINGOS GASTRONÓMICOS DA RTAM

Os "Domingos Gastronómicos" da Região de Turismo do Alto Minho têm a sua última edição em 2007. Foram apresentados na semana passada e são, na nossa opinião, a mais bem sucedida iniciativa da nossa Região de Turismo, nos seus 25 anos de existência.
Após 17 anos de presença ininterrupta no calendário turístico regional, foram sempre um pólo de atracção e animação em época baixa, um exemplo de iniciativa, cooperação e articulação entre todos os municípios participantes, sob os auspícios da RTAM.
Pena foi, que outros exemplos de bem promover a região não fossem pensados e implementados. Potencialidades existem, mas estão dispersas e são apresentadas e tratadas de uma forma desconexa.
A RTAM está a fechar as portas, para dar lugar ARTM - Agência Regional de Turismo do Minho a partir de 2008. A oferta subirá exponencialmente, com a entrada de Braga, Guimarães, Póvoa de Varzim, entre outros, e com todo o Parque Nacional da Peneda-Gerês no seu espaço. O desafio é grande e é necessário saber aproveitá-lo, sem qualquer tipo de bairrismo (que exista pela positiva), egoísmo ou desconfiança. Não podemos ver "Mouros" em qualquer canto ou esquina, arvorando-nos em falsos Defensores de uma identidade que nunca teve força nem gente capaz para a elevar.
Parece que a sede da ARTM vai ficar em Viana do Castelo, uma forma de compensar (ainda não entendemos como) a sede de distrito pela perda de vários serviços.
Ficando em Viana, tem instalações (Santiago da Barra) e um corpo alargado de funcionários (cerca de 45), o que não acontece no espaço que integra actualmente a Região de Turismo do Verde Minho. Viana será sede por mérito e por racionalização de recursos. Parece que, por aqui estamos conversados...
Para Ponte de Lima pode ficar o bocado que falta: a presidência da Agência. De facto o posicionamento do município tem sido de apoio à integração das RTAM e da RTVM, um posicionamento inteligente que pode permitir que um limiano ocupe o mais alto cargo do turismo do Minho. Fala-se em Francisco Calheiros.
O "Parar para Pensar" apoia este nome, por duas razões: em primeiro lugar pelo currículo, capacidade e peso de Francisco Calheiros, um Homem do turismo, reconhecido no País e no estrangeiro, talvez o perfil ideal para dar uma maior dimensão turística à região. Em segundo lugar, porque constituirá uma ruptura com o estilo e liderança anteriores.
O outro Francisco, o Sampaio, foi a cara do turismo no distrito que, em 25 anos, impôs mais a sua imagem de "Senhor Turismo", ultrapassando e ofuscando a própria imagem da região.
A nova ARTM deverá inverter esta lógica, potenciando o património natural e cultural, a gastronomia, o mar e a montanha, as festas e romarias, o berço da nacionalidade, os Caminhos de Santiago e o turismo religioso, a hospitalidade e uma história ímpares.