sábado

La Lys

A Câmara Municipal de Ponte de Lima tem vindo a reeditar ou a apoiar a edição de livros que evocam a vida de vultos da cultura limiana do século XIX e XX. É uma boa iniciativa que peca apenas por não parecer ter a repercussão devida na população jovem.

Esta semana, dia 9, faz 88 anos que se deu a batalha, na primeira guerra mundial, de La Lys. Nela participaram muitos limianos anónimos, muitos pereceram, outros foram feitos prisioneiros pelos então chamados "hunos". Talvez o esquecimento seja uma das vertentes inerentes ao pó dos tempos, mas também é verdade que este só acontece quando não existe memória. Numa época em que assistimos ao deflagrar da violência terrorista, das bombas, talvez demasiado semelhante à época que antecedeu a I Grande Guerra, seria bom mostrar às jovens gerações de limianos o que os seus bisavós e avós passaram num conflito mundial. Não podemos esquecer que foi Norton de Matos, um dos tais ilustres vultos limianos, que formou o Corpo Expedicionário Português, onde tantos limianos foram incorporados.

A democracia também é recordar às sucessivas gerações o que os seus antepassados lutaram para que esta fosse uma realidade. Recordar que esta não aparece do nada, que como em tudo o preço poderá ser o supremo.

Talvez seja tempo de recordar que os nossos antepassados não deixaram apenas o legado do vira e do sarrabulho.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A perda da memória colectiva infelizmente é notória até nas elites do governo. Não esteve Socrates em França no dia 9? Que iniciativa ouve para lembrar os nossos mortos?

6:51 da manhã  

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