sexta-feira

Situação delicada. O fecho de escolas

Começou no Bárrio, Rendufe, Labruja, agora a Gemieira. Desde trocas de argumentos entre os diversos presidentes de junta, até notícias, mais recentemente com o caso da Gemieira, em órgãos de comunicação social nacionais, a onda de protestos contra o encerramento de algumas escolas primárias começa a ser incontornável. A população é contra o fecho das escolas primárias.

Este caso é mais estranho quando hoje o vereador da educação, Franclim Sousa, afirmou que já há alguns anos que se sabia dos requisitos mínimos para a permanência de escolas primárias. É estranho porque a maioria das escolas que agora são faladas foram alvo de obras de beneficiação, (aquecimento, cantinas, etc), quase todas realizadas nos últimos dois anos. Se a autarquia já sabia porque alimentou a esperança das populações na manutenção das escolas ao apoiar as ditas obras?

É estranho que o pelouro da educação se tenha escudado em argumentos generalistas não se pronunciando de forma inequivocamente se defende o encerramento dessas escolas, por não responderem aos requisitos pedidos, ou se pelo contrário é contra o encerramento por estas terem as condições pedidas, já que foram alvo de melhorias ainda recentemente.

O problema parece ser muito maior e o encerramento das escolas começa a ser visto como a ponta do iceberg. Ultimamente tem-se falado na hipótese de extinção de algumas freguesias. As populações vêem, consciente ou inconscientemente, o encerramento das escolas como um primeiro passo nesse sentido. É por este motivo que alguns responsáveis já evocam que o argumento bairrista é o único que está a motivar a contestação popular e que este não é aceitável. Cada caso deverá ser observado independentemente dos outros porque se este é certamente um dos motivos, o problema passa também pelas perspectivas criadas com a recuperação das escolas. Expectativas que levavam a crerem que essa situação só ocorreria em lugares distantes e nunca na escola que eles frequentaram e que os seus filhos frequentam.