segunda-feira

Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal reúne hoje às 21:30. Nesta reunião extraordinária debater-se-á a saúde no concelho nomeadamente os anunciados encerramentos de serviços no Hospital Conde de Bertiandos.

Espera-se que para além de se ouvir o que a comissão de saúde da Assembleia tem para dizer, o Presidente da Câmara explique como correu a reunião e em que moldes foi falada a comparticipação financeira do Município no dito Hospital.

Urge medidas e posições coesas sobre um assunto tão importante para o bem-estar das populações.

Esperemos tê-las a partir de hoje.

quinta-feira

A URGÊNCIA DO HOSPITAL DE PONTE DE LIMA

A urgência do Hospital de Ponte de Lima não tem condições para funcionar, diz a administração do Hospital. Já todos o sabíamos. O senso comum diz que deve ser objecto de intervenção e reformulação. A Administração diz que deve fechar. Está perto da falência, então fecha-se. É esta uma lógica socialista? Não! É mercantilista, onde as pessoas deixaram de interessar. Querem trocar a urgência do Hospital de Ponte de Lima (24 horas por dia), pelo SAP (ou outra coisa parecida) do Centro de Saúde aberto, na melhor das hipóteses até às 24 horas. Grande "troca", grande negócio. Os cidadãos que paguem a crise...

A Assembleia Municipal vai reunir em sessão extraordinária no próximo dia 29. Uma posição de força, de exigência dos mais básicos direitos deverá ser tomada. Viana do Castelo poderá ser o único distrito do País com apenas um serviço de urgência a funcionar. Os mais líricos dizem que o CHAM de Viana tem capacidade para atender toda a população. A realidade é que, actualmente, já não tem a vida facilitada. Com uma cobertura alargada aos 90 mil que constituiam a área de influência do CHAM de Ponte de Lima...

O CHAM de Ponte de Lima é o elo mais fraco da estrutura hospitalar distrital. Depois de avultados investimentos, o único sectror que não tinham sido beneficiado - a urgência - poderá, num efeito dominó, arrastar grande parte dos serviços e valências aí instalados. Alguns já rumaram a Viana, muito material também.

quarta-feira

do artigo de 15 de Maio no jornal Alto Minho...

Hospital de Ponte de Lima

Martins Alves, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Minho, proferiu as seguintes afirmações acerca do próprio CHAM; «se se tratasse de uma empresa privada, já estava fechada há anos», «havia 29 milhões de euros de capital social, mas a anterior administração gastou-o todo». Já Maciel Barbosa, coordenador da ARSN, acusou a anterior administração do CHAM de mentir, quando anunciou o lançamento de obras de remodelação no Serviço de Urgência do Hospital de Ponte de Lima.

Estas acusações são graves e imputam uma responsabilidade enorme na anterior administração. Por serem graves não poderão ser dúbias. A referida administração deveria dar a conhecer a sua versão dos factos. Não nos podemos esquecer de que há anteriores administradores que ocupam cargos de relevo político e que a gravidade das acusações poderá abalar a sua credibilidade junto dos seus eleitores.

Há, no entanto, um factor a ter em conta, a actual conjuntura de contestação que se vive face aos encerramentos de serviços e valências no hospital de Ponte de Lima. Como as razões são apenas de ordem económica, nada melhor que sacudir a água do capote. É por estas razões que estes cargos não deveriam ser de nomeação política, os administradores deveriam sê-lo pela sua competência técnica e não pela sua cor partidária.

Uma coisa é certa, depois destas afirmações, nada pode ficar como antes.

quinta-feira

Sociedade da Informação

No Diário Económico de ontem, 10 de Maio, podia ler-se o seguinte:

"As áreas da informação e conhecimento vão receber 18% dos 25 mil milhões de euros do Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP) e deverão ser as principais geradoras dos 120 mil novos postos de trabalho."


Perante esta notícia, formulo as seguintes questões: Será que este investimento de milhões só vai ser efectuado na infra-estrutura tecnológica? A tecnologia vai ser imposta às pessoas? Ou vai haver mecanismos auto-reguladores de adequação da população ao impacto e penetração crescente das tecnologias no quotidiano diário? A info-literacia será um dos objectivos prioritários destes investimentos?
Qual o papel da autarquia no seio deste paradoxo? Há ou não um plano estratégico para o concelho limiano no que concerne a esta questão? Ou teremos de viver sempre no país dos arrependidos e no "Ai se eu tivesse feito isso, agora não estaria a passar por esta situação". Este é o momento de análise e reflexão sobre as boas práticas que começam a emergir um pouco por toda a Europa. Deve começar-se a aplicar no terreno os planos concretos desta intervenção essencial para evitar a info-exclusão de uma grande parte da população limiana.

segunda-feira

E no hospital?

No dia em que reúnem em ponte de lima, autarcas e responsáveis da ARS e Centro Hospitalar do Alto Minho para debater o funcionamento dos serviços de saúde no concelho, o coordenador da Sub-Região de Viana do Castelo anunciou à Rádio Alto Minho que o centro de saúde da vila vai ser alvo de uma profunda reestruturação.

João Carneiro garante que a unidade vai sofrer obras de remodelação e o horário de funcionamento vai ser alargado. O projecto está em fase de conclusão e vai ser apresentado dentro de 15 dias à Administração Regional de Saúde do Norte. Vai permitir melhorar os serviços de saúde, assinala João Carneiro.

quinta-feira

É tempo de definições, não de hesitações!

Moção da Assembleia de Freguesia de Ponte de Lima


Tem sido veiculada insistentemente através da comunicação social e de alguns responsáveis políticos, a notícia do provável encerramento do serviço de urgência do Hospital de Ponte de Lima, unidade do Centro Hospitalar do Alto Minho.

O encerramento de unidades e serviços de saúde no país tem estado na ordem do dia, por motivos de uma reforma estrutural, capaz de melhorar os cuidados de saúde das populações, segundo rácios internacionalmente reconhecidos. Ora esses rácios têm uma componente exclusivamente numérica, não atendendo às disparidades demográficas do país e das suas regiões. Em regiões do interior ou, como Viana do Castelo que não se encontrando no interior tem problemas e especificidades típicas dessas zonas, a dispersão demográfica, envelhecimento da população e desertificação crescente podem levar a que os cuidados primários de saúde se situem a cada vez mais quilómetros das pessoas, com graves prejuízos sociais, económicos e mesmo de saúde para as mesmas.

O provável encerramento do serviço de urgência do hospital de Ponte de Lima, que serve nestes momentos alguns concelhos do interior do distrito, acarretará prejuízos significativos para as populações do concelho de Ponte de Lima e limítrofes, afastando das pessoas e dos seus familiares os cuidados de saúde a que têm constitucionalmente direito.

O que seria desejável, e estava previsto, era a reformulação e criação de melhores condições de funcionamento do serviço, com o objectivo de servir melhor as populações e, se possível, alargando o serviço de urgência a outras valências fundamentais, como é o caso da pediatria. Os investimentos que têm sido realizados na unidade de Ponte de Lima do CHAM, nada têm a ver com medidas de desinvestimento como a que é agora pensada, que pode mesmo esvaziar a médio prazo as funções do Hospital.

Por isso, tendo em conta o exposto, a Assembleia de Freguesia declara-se frontalmente contra o provável encerramento da urgência do Hospital de Ponte de Lima, antes solicitando às entidades competentes o reforço daquela estrutura, uma de duas que servem todo o distrito de Viana do Castelo que pugna por não ser um número, mas uma região com especificidades e problemas próprios que deve ser analisados particularmente. Discorda também esta Assembleia de Freguesia qualquer medida que tenha como fundamento único razões de carácter economicista.
Esta moção deverá ser remetida ao Sr. Ministro da Saúde, Conselho de Administração do CHAM e Governador Civil de Viana do Castelo.

Ponte de Lima, 6 de Abril de 2006